ECBC Maria Aparecida Coelho de Arruda Henry ganha Prêmio Angelita Habr-Gama

13-08-2021

    Professora titular aposentada, dedicando-se nos dias de hoje voluntariamente ao Departamento de Cirurgia e Ortopedia da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB), a ECBC Maria Aparecida Coelho de Arruda Henry acaba de somar nova importante honraria ao seu brilhante currículo. Ela é a primeira Cirurgiã brasileira a conquistar o Prêmio Angelita Habr-Gama.

    Criada em 2020 pela Comissão de Mulheres Cirurgiãs do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (CBC), a condecoração visa a destacar as profissionais que transformam positivamente a vida de especialistas da área por intermédio de ações e exemplos.

 

   

Dra. Maria Aparecida Henry se diz honrada:

    “Agradeço demais à diretoria do Colégio Brasileiro de Cirurgiões – Capítulo São Paulo pela indicação de meu nome. Continuarei atuando junto ao Departamento de Cirurgia e Ortopedia da mesma forma, com amor e garra, comenta a homenageada – uma mestra sempre serena, avessa à exposição, dona de trabalho e construção riquíssimas.

  Membro emérita do CBC, ela formou gerações de alunos e de residentes enquanto professora titular de Cirurgia da FMB. Aliás, é importante ressaltar, foi uma das primeiras Professoras Titulares de Cirurgia no Brasil.

Recentemente, saiu um pouco de sua rotina, para uma entrevista ao CBC. Confira.

 

 

Dra. Maria Aparecida Coelho de Arruda Henry com, Residentes, Médicas e Docentes, todas suas ex-alunas do Departamento de Cirurgia e Ortopedia da Faculdade de Medicina de Botucatu – SP.

 

ENTREVISTA

O que a levou a escolher a Medicina e, mais especificamente, o universo da Cirurgia?
Escolhi a medicina como minha profissão ao admirar o tratamento carinhoso que me era dispensado pelos médicos nas ocasiões em que ficava doente na minha infância. Nossos professores de Cirurgia durante a graduação (Professores Saad, Maffei, Trindade, Luigi, Jairo) serviram de exemplo para todos nós por sua dedicação e esmero. Vários colegas de turma e eu também seguimos a especialidade de Cirurgia por este motivo.

Muita coisa mudou desde a sua formação até os dias atuais em relação a mulher ocupar posições de destaque na medicina?
Aos poucos a mulher foi tendo espaço em posições de destaque na medicina. Por exemplo, na diretoria de nossa Faculdade, tivemos diversas Professoras, algumas foram nossas Professoras, outra foi colega de turma e algumas foram minhas alunas, como atualmente a Professora Kika. Todas ocupando o cargo após vencer eleições nas quais participaram alunos, funcionários e docentes.

A senhora ajudou a formar uma legião de alunos e residentes. O que isso significa na sua trajetória profissional e pessoal?
Em minha trajetória profissional tive a felicidade de orientar alunos da graduação e pós-graduação, além de Residentes. Isso significa que todos puderam adquirir parte da experiência desenvolvida durante a minha carreira. Sinto hoje a sensação de dever cumprido.

Mesmo aposentada, a senhora ainda dá aulas de forma voluntária. Por quê?
A minha aposentadoria compulsória aconteceu em 2014. Nesse momento percebi  que vestir o pijama e ficar em casa seria uma atitude egoísta, pois ainda tinha condições de transmitir para os mais jovens tudo que aprendi com meus ilustres Professores e passar toda a minha experiência  como Cirurgiã para as novas gerações de Médicos.

Como a senhora recebe a indicação de seu nome como a primeira a receber o Prêmio Angelita Habr-Gama?
Sinto-me muito honrada ao receber o prêmio Angelita Habr-Gama, pois esta professora foi  pioneira na participação feminina na cirurgia e na carreira universitária. Professora Angelita é minha inspiração.

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